Ainda não bem refeito do choque com a desonrosa atuação da Assembléia Legislativa do RS no caso das ações do Banrisul, que mediante manifestação de cidadãos contrários à proposta do executivo resolveram transferir a sessão para o "plenarinho", o que considerei uma grande insensibilidade de nossos deputados, deparei-mse com a seguinte notícia, publicada no Correio do Povo na quinta-feira, dia 23 desse mês:
Assembléia divulga lista sobre a invasão
O presidente da Assembléia, Frederico Antunes, entregou ontem ao secretário de Segurança, José Francisco Mallmann, o relatório da Procuradoria-Geral da Casa sobre a invasão do plenário em 14 de agosto. Ele solicitou que seja aberto processo de investigação baseado nas informações repassadas. O documento, fundamentado em levantamento do setor de segurança da Assembléia, apontou, entre os supostos incitadores dos manifestantes à desordem, os presidentes da CUT, Celso Woyciechwicz; do Cpers/Sindicato, Simone Goldschmidt; e do Sindicaixa, Roni Maslinkiewicz; o ex-presidente municipal do PT Francisco Vicente; e a diretora da Federação dos Bancários do RS, Denise Corrêa.
Correio do Povo Porto Alegre - RS - Brasil
Não sabia que seria possível, mas fiquei ainda mais apreensivo. Não bastasse a indiferença com que trataram uma manifestação legítima, de cidadãos organizados e que são contrários a essa manobra (que possivelmente resultará em privatização do Banrisul, mas no mínimo irá alterar o caráter de fomento social do banco), ainda tratam esses cidadãos como criminosos. Só mesmo nos novos tempos da república das pantalhas cidadania é considerada crime. O recado dos deputados é claro: "aqui, quem manda somos nós"; povo é só em eleições e para dar status de casa democrática. É bom lembrar que alguns hipócritas adoram referir-se à assembléia legislativa como "a casa do povo". Esquecem-se que são servidores públicos, e como tais devem todas as explicações ao povo. Caso contrário, é como se os postes estivessem mijando nos cachorros...
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