Uma nova edição
Nos últimos quatro anos, religiosamente, disponibilizamos uma nova edição do sítio pontodevista nos dias 20 do mês. Mudamos a abertura e editamos de 10 a 15 novos temas, totalizando muitas vezes mais de 20 páginas. Reformulamos ou acrescentamos novas informações às já existentes. Abandonamos algumas temáticas, provisoriamente; e, retomamos outras. Aumentamos ou diminuimos o número de indicações de livros dependendo da nossa própria leitura. O Blogpontodevista, com postagem diária de segunda a sexta, ocupa uma boa parte do tempo de trabalho da equipe. Após termos criado este novo espaço aumentou - significativamente - o número de visitas. Temos um lado. Muitas vezes somos panfletários. É jogo aberto. Perseguimos a noção de que jornalismo é intransigentemente fidelidade à verdade factual, inarredável espírito crítico em relação a tudo e incansável vigilância do poder, de qualquer natureza. Jornalismo é subversão. Quando cometemos algum erro ou engano, sem qualquer dificuldade, reconhecemos. Não temos nenhuma preocupação com a coerência ou a lógica. Escrevemos com a alma. Como dizia o poeta Raine Maria Rilke: “Investigue a causa que o impele a escrever; verifique se ela estende raízes até às profundezas do seu coração. Confesse-se: morreria se estivesse proibido de escrever? Antes do mais, na hora mais serena da noite, pergunte a si próprio: ‘Devo escrever?’ Mergulhe no seu íntimo em busca de uma resposta profunda; se ela fôr afirmativa, se puder responder a essa grave pergunta com um vigoroso e singelo ‘devo’, construa sua vida em função dessa necessidade. Sua existência, mesmo na mais insignificante e indiferente das horas, tem de ser signo e testemunho dêsse impulso.” Vivemos desses impulsos. Nosso trabalho é resultante de muitas horas de leitura, do manuseio de muitos jornais e revistas, de uma atenta e criteriosa atividade de comparação de materiais, de muitas horas dentro das mais diversas livrarias, de uma atividade de constante observação das ruas, de um olhar a tudo de forma jornalística e de um deixar-se tocar por emoções e subjetividades. Desconfie de quem escreve com muita facilidade. É verdade, escrevemos com a alma. Acredite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário