quinta-feira, 12 de abril de 2007

Bacci. Atenção à esse nome...

Enio Bacci surgiu como o arauto da segurança, fazendo performances midiáticas e dizendo que não iria tolerar "bandidagem" por esses pagos, mas sua gestão à frente da secretaria de segurança teve um desfecho onde pairam muitas dúvidas. Foi e continua sendo muito badalado pela grande mídia, que muitas vezes tem se posicionado até mesmo contra o "governo dos seus olhos, Yeda". Isso me cheira muito à prévias de corrida eleitoral de 2008 para a capital, onde cria-se um fato, e o bandido posa de mocinho. Não esqueçamos que o PDT faz parte da grande coligação Fogaça/Eliseu (são ao todo 13 partidos), e muita atenção pra não embarcar no conto do vigário, digo, do delegado. Do RS URGENTE, publicado hoje:
À SOMBRA DE BACCI

Maneco escreve: "Em 2003, o delegado da Polícia Civil Luiz Carlos Correa Ribas foi preso pela Polícia Federal e, após fazer um acordo de "delação premiada", conduziu os policiais federais até o maleiro do aeroporto Salgado Filho, onde havia escondido um processo roubado do Fórum Federal de Porto Alegre. Pois foi justamente este delegado denunciado por roubo de processo, falsificação de documento, formação de quadrilha e extorsão de bingueiros, que se tornou o assessor especial do secretário Ênio Bacci ocupando um cargo de absoluta confiança no principal órgão de segurança do Estado. A ligação de Ribas com Bacci – e daí se começa a compreender a presença dele como conselheiro do secretário – vem de antes do governo Yeda. Ribas teria sido o principal arrecadador de doações financeiras para a campanha do então candidato a deputado federal Ênio Bacci (PDT). Ao se tornar secretário, Bacci chamou o tesoureiro de campanha para trabalhar a seu lado. A parceria durou até ontem, quando Ribas foi citado no site Vide Versus como suposto intermediário da negociação em que bingueiros teriam pago propina ao próprio secretário de Segurança para que ele transferisse delegados que estariam combatendo a jogatina em Porto Alegre e no Vale do Sinos. Até aí, pode ser tudo fofoca.

Mas, e se não for? Inocente ou culpado, Bacci deve ao menos duas explicações à sociedade gaúcha: 1) por que razão escolheu para ser seu braço direito justamente um delegado que está sendo denunciado por roubar um processo do Foro Federal? 2) se Bacci não recebeu dinheiro dos bingueiros para transferir delegados, então Ribas não intermediou o negócio; neste caso, por que foi exonerado? Envolvido até os cabelos no escândalo, Bacci tem alegado que está sendo vítima de uma armação da banda podre da polícia. José Paulo Bisol deve estar às gargalhadas. A diferença é que Bisol também denunciou a banda podre, mas ao invés de nomear Alexandre Vieira para ser o titular de uma das mais importantes delegacias do Estado – a 17ª DP, no centro de Porto Alegre, onde estão a maioria das máquinas de jogo – abriu processo contra o mesmo. Só para lembrar: Alexandre Vieira era um dos mais atuantes assessores informais do circo que ficou conhecido como CPI da Segurança cuja atração principal era o deputado Vieira da Cunha, do mesmo PDT de Ênio Bacci". (Maneco)

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